quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Crepúsculo dos Ídolos ( ou como filosofar com o martelo)

No hay banda. Silencio. A citação do david Lynch pode parecer um tanto clichê hoje em dia, mas houve uma época em que Mulholland Drive era uma coisa cult bacaninha e todas as pessoas citavam alguma coisa massa demais e cuspiam informações sobre a cultura pop nas mesas de bar. as coisas não mudaram. o silencio, o silencio em portugues, também não mudou. sorrisinhos pra cá e pra lá, e um bailar de pernas deixadas a mostra pelo shortinho garantiram a noite. quem diria que um dia na minha vida eu ia pensar orgias e qualquer coisa um pouco mais apropriada para maiores de 18anos naquele sebo cheio de VHS gravados e propriedades das bibliotecas públicas. a diferença é que o silencio de hoje não foi tão oblíquio quanto o de outrora, e os risos não eram mais de charme, eram de sacar toda uma piada que vinha por trás e sacar os roques de muito antigamente porque o lance nem eh mais só sugar o que mesa toda ta falando, é tirar umas conclusões de que nem tudo que eles falam é uma bagagem cultural tão dificil de se adquirir. isso é interessante. tinha uma poesia, se não me engano do m. bandeira que diz "eu passo o dia a matar deuses...uma estrela no céu, uma mulher na terra" ou qualquer coisa do tipo que é essa sacação que eu to tentando falar.
eu sou você amanhã é o que eu mais penso cara.
tirando esse papo brega de standing in the shoulder of giants , falemos do que realmente interessa.
(nada realmente interessa, mas enfim...)
0n the road ta me prendendo a atenção por mais tempo que eu esperava. eu não manjo porra nenhuma do kerouac, mas to achando bacana. a lista dos livros pra ler antes dos trinta ta diminuindo numa ponta e triplicando da outra. massa. falta de paciencia que eu tenho com uma galera que já foi doida demais, to eprdendo a pose já e to mandando tomar no cu. sabe?
se a festa é no motel, vamos todos entrar na dança e fazer uma parada intensamente legal, e não pose pra foto do espelho no teto (bacana, bacana)
e é tipo isso que foi o natal.
presente não teve não, pelo contrário, as coisas só ficaram better better better betaniapleasesendmealetter. só.

revirei o google de cabo a rabo mas não achei o poema do bandeira.

sábado, 22 de dezembro de 2007

passeando entre as mil personagens que me habitam, eu não posso nunca deixar de ser sincera. crua. acabei de fazer mais um ano de vida, e isso é o tipo de coisa que me faz pensar um bocado. meu olhos mudaram de cor nos ultimos meses. meus amores, meus sonhos, minhas coisas todas de adolescente, desmoronaram.
simplismente caíram. hoje muito me atrai aquelas barbas , aquelas barbaras, aquelas pernas & pelo &cabelo e eu não consigo não ser uma pessoas tão cheia de hormonios. sou um adolescente cheio de calo na mão de tanto bater punheta. eu me controlo bem. tenho me apaixonado, com certeza eu tenho me apaixonado. eu caminho entre a nuvem e céu de poeira. poeira e nuvem, duas coisas que atrapalham a visibilidade da galera que voa. outro dia me cruzou o caminho um avião. um avião não, um kamikaze, não é assim que se chama os pilotos suicidas japoneses? então era tipo isso. um avião bomba caseira que explodiu um bocado de cuspe na minha cara. cospe e não é confiável. e eu consegui ficar triste, depois de muito chorar por efeitos do quarto roxo. mas eu mudei de cena, e na sequencia eu continuei num plano médio que não te dá nenhuma sensação de angústia dor ou qualquer coisa dramática. aprendi que não se deve ser tão dramático. estou aprendendo a ser homem também.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

a fera oxigenada


meu nome não é gal. é sonia silk.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Da janela, desespero.
tristeza nao tem fim, felicidade sim
nao eh verdade
o dia comeca com o mais lindo por do sol, a menor quantidade de dinheiro no bolso, e o mais maior de grande amor de todos.
sorrisos e lagrima, quase uma terapia de grupo
(essa coisa de querer conversar sempre sobre algo de valido cansa um pouco)
onde estao os poetas de bares?
no sinal ontem um bonitinho fazia malabares
no apartamento ontem um casal trocava olhares
na varanda ontem, o vento nao ventava , as luzes nao se apagavam, mas alguma coisa andava
nao sei bem o que
mas isso tambme nao me importa tanto nesses dias

Eu estou doente
nao passo um dia sem tosse, alergia da modernidade
alergia da promiscuidade
alergia

Hoje eu sou Miss Prado Junior
copacabana mon amour
eu e a helena ignez temos muito em comum mesmo


acidez
acidez ate o caroco
e um imenso querer crescer nesse mundo.

domingo, 11 de novembro de 2007

bando de comunistinha pequeno-burgues maconheiros broxas de merda.

orgias e revoluções

idiota sou eu de querer um amor. amor pra que, quando seus amigos são revolucionários libertários que lutam por um socialismo na zona sul?
toda revolução é necessariamente sensível ao toque. o corpo humano nada mais é do que uma máquina de produzir sensações prazerosas. hedonismo é muito mais legal do que marxismo.

domingo, 4 de novembro de 2007

se ninguem tem dó, ninguém entende nada
o grande escandalo sou eu
aqui
só.
faço as palavras de caê minhas. engraçado isso, ser uma pessoa que passeia por um bocado de vidas, que sabe um tanto de cada um que vem e que vai, e assim não saber nada.
upa neguinho na estrada!
eu tenho um leque flexivel de opções. milhares. rodo cotidiano.
mas de que adianta se todo mundo tem defeito?
de que adianta se os defeitos que eu tenho me são tão doloridos?
os defeitos do que já passou
os defeitos do porvir
defeitos
todo mundo cheio de manias patéticas, patologias, tiques nervosos, gente feia de verruga no nariz.
quero nada não.
quero mais.
quero rotina. não tanto vida loka bróder.
não devo ter culhões pra aguentar a mesma cara todos os dias.
quem ganhou minha simpatia esses dias, deu sorte.
enfim,
meioamargo.


.Se não tivesse o amor
Se não tivesse essa dor
E se não tivesse o sofrer
E se não tivesse o chorar
Melhor era tudo se acabar.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007


Yeah but nobody searches
Nobody cares somehow
When the loving that you've wasted
Comes raining from a hapless cloud
I myself may look upon your face
Disappear in the sweet, sweet gaze
See the living that surrounds me
Dissipate in a violent waste

Can't you see what you've done to my heart
And soul...
This is a wasteland now

We spies, we slow hands
Put the weights all around yourself
We spies, oh yeah, we slow hands
You put the weights all around yourself

I submit my incentive is romance
I watched the pole dance of the stars
We rejoice cause the hurting is so painless
From the distance of passing cars

But I am married to your charms and grace
Just be crazy like the good old days
You make me wanna pick up a guitar
And celebrate the myriad ways that I love you

Can't you see what you've done to my heart
And soul...
This is a wasteland now

We spies, yeah, we slow hands
You put the weights all around yourself
We spies, oh yeah, we slow hands
Killer for hire, you know that yourself

We spies, we slow hands
Put the weights all around yourself
We spies, oh yeah, we slow hands
We retire like nobody else



INTERPOL. SLOW HANDS.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Carolina, ou o Último Romance

o tempo passou na janela e só Janaína não viu, mais uma vez. meu nome não é gal, não tenho vinte e quatro anos, não procuro um rapaz que seja o tal. não soube lidar com os cascos e caos, mas até aí beleza, a gente fica amiga ainda assim e eu te amo linda do mesmo jeito.
várias pessoas novas. tanto faz como tanto fez, eu não sou de pintar gente com tinta colorida pra dizer que vivi. mas não vou entrar no mérito de ataque agora, acabou o jogo (i´m a loser baby, so why don´t you kill me, ja dizia o beck).
tenho vontade de chorar por tudo, pelo fim, pelo começo do começo, pelo fim do começo, pelos assassinatos que cometo todas as semanas. eram almas boas, eu poderia casar-me com várias delas. eu sou uma menina de sorte, diz o sonho da talita.
será mesmo?
o meu sexto sentido diz que eu vou encontrar um amor aos vinte anos de idade.
seria muito pedir que fosse aos dezoito?
não, seria idiota.
idiota como tudo que eu condenei enquanto eu penei.
mas a questão não é o amor ou a falta dele.
a questão é o quanto eu me interesso pelas pessoas e pelas coisas, amando as coisas e usando as pessoas. essa lógica é muito válida, mas num mundo ideal & socialista & utópico & revolucionário, essa desculpinha não cola.
caguei, caguei bonito.
mas chegaremos ao poder!
eu agora denomino comunista 1, comunista 2, comunista 3 e Pc do B.
IDIOTAS!!!
socialização de buceta é a nova onda do verão.

quanto ao resto
eu digo que como todos os outros dias
os hormonios adolescentes não sairam do meu corpo
e eu canto alegremente por aí
que eu estou lendo jornal
na fila do pão
e todo mundo sabe
o que eu encontrei.

você me falou
pra ter fé e ver coragem no amor.


rsrsrsrsrss
brink´s!




p.s.: rosicleyton interfona de madrugada pra contar do céu estrelado.

sábado, 27 de outubro de 2007

entrou por uma porta e saiu pela outra. assim , imediatamente. parecia que por ali havia passado um, furacão. tudo no chão, tudo rasgado, tudo pelos ares. se voltasse, talvez não iria achar tão ruim do estrago todo que fizera. não tinha capacidade de julgar isso errado.
calendário contou alguns dias e um telegrama chegou. eram as novidades do caminho que escolheu. contou que havia ido a uma festa com moviestars, participado de uma revolução nos andes e que naquela data beberia uma cachaça com um nordestino na guiana francesa. que a nova moda de lá era bolsa de chita e que as mulheres eram as mais belas e os homens os mais valentes. no momento em que leu, teve a certeza, a maior certeza do mundo, de que a melhor solução seria engavetar o caso. nunca mais veria o passado feliz de novo.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Nós, estudantes, ocupamos a reitoria da UFRJ, no dia 18 de outubro de 2007, para manifestarmos uma posição contrária à aprovação do P.R.E. (Plano de Reestruturação e Expansão, elaborado pela Reitoria), que significa a adesão da UFRJ ao REUNI (decreto 6.096/07 do Governo Federal).
O REUNI impõe/representa um modelo de educação precarizada, pois prevê uma reestruturação das Universidades Federais, baseada em cursos breves de formação generalista e flexibilização de currículos, adaptados aos mercados, em detrimento do ensino e da pesquisa voltados aos interesses do povo brasileiro. O governo faz uma chantagem econômica com as universidades, ao condicionar o repasse de verbas ao cumprimento de uma série de metas lesivas a educação pública.
O compromisso social da Universidade não deve se limitar a produção de diplomas conforme as imposições do REUNI. A Universidade deve ter um objetivo de questionar os problemas da sociedade brasileira, contribuindo para a formação de um país soberano.
Ao longo dos últimos meses surgiram na comunidade acadêmica projetos alternativos ao apresentado pela reitoria. No entanto, devido a estrutura atual dos órgãos colegiados, que não são paritários, a real divergência e as reivindicações de diversos setores da comunidade nunca chegaram a ser apreciados nos espaços decisórios. Essa exclusão de parte das opiniões existentes ficou flagrante no Conselho Universitário realizado no dia 18, em que a votação foi encaminhada sem nenhuma discussão (somente dois conselheiros falaram e nenhum dos poucos conselheiros estudantis inscritos pode fazer uso da palavra).
Por isso, nós estudantes sentimos a necessidade de ocupar esta reitoria para denunciar o conteúdo deste projeto como um ataque a todos os que lutam por uma educação pública, gratuita e de qualidade.
Sendo assim, exigimos:

1) Não ao REUNI do governo Lula e contra o Ante-projeto da reitoria
2) Que a reitoria reconheça a ilegitimidade do CONSUNI realizado no dia 18 de outubro
3) Congresso interno para discussão de um novo projeto de expansão, reforma e transformação da universidade e plebiscito para a tomada de decisão sobre a adesão ou não da UFRJ ao Reuni.
4) Elaboração de um verdadeiro plano de ampliação e transformação da Universidade que contemple:

A) Mais vagas nas Universidades Públicas, mantendo os cursos integrais e ampliação dos cursos noturnos
B) Aumento de verbas públicas que garantam a efetiva manutenção e expansão
C) Conclusão das obras do Bandejão e Bandejão em todos os campi
D) Melhoria dos transportes (através de plano discutido com a comunidade universitária; extensão de linhas externas) e melhor integração através dos transportes entre os centros e entre os campi
E) Expansão e reforma do alojamento
F) Melhoria da infra-estrutura da Universidade (reforma das redes elétricas dos prédios, mais bebedouros, limpeza dos banheiros e reforma dos mesmos, salas de aula, ampliação e melhores computadores em laboratórios de informática, mais salas de estudo, melhores auditórios, melhoria da segurança nas condições de trabalho e ensino de laboratórios, recuperação de áreas de lazer e melhor iluminação, maior vigilância no Fundão)
G) Ampliação e reformas na creche universitária
H) Mais bolsas auxílio e de Iniciação Cientifica, com aumento do valor das mesmas.
I) Reformas e manutenção das bibliotecas
J) Concursos públicos para professores e técnicos administrativos.
L) Pela efetivação dos terceirizados e apoio a sua organização
M) Fim do vestibular: pelo livre acesso à Universidade Pública
N) Maior subsídio público para pesquisa e extensão

Declaramos, também, que a União Nacional dos Estudantes (UNE) não fala em nome da ocupação na reitoria da UFRJ

sábado, 20 de outubro de 2007

www.ufrjocupada.blogspot.com

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

e ele deve ser chamar rosicleyton

Ela tinha se mudado ha poucas semanas para o prédio. Tinha uma cara que não era muito comum naquela região: olhos azuis, cabelos loiros cacheados como de Poliana moça e um sorriso inocente. Maldade nenhuma no coração. Deveria ter mais ou menos uns 20 anos, mas carinha de quem nunca viu um pinto duro ou uma longa carreira na vida. E era disso que ele gostava.
Ele era porteiro ali há pouco tempo também, mas o bastante pra se adaptar ao estilo de vida do local. Era baiano da parte da mãe e friburguense de parte de pai. O sotaque era malemolente, quase como o da menina, recém chegada do leste mineiro.
Ele gostava disso nela também.

Numa noite dessas, vinha a moça trocando as pernas saindo de um bar qualquer, cheirando cerveja do dedão do pé até o ultimo fio de cabelo. Nada poderia ser mais bonitinho do que ver uma criança de porre. Ele resolveu que era de bom tom deixar a menina dentro de casa. Foi, entrou, sorriu, sorrisos trocados e toda a cerimonia inicial.
ela dormiu na metade do caminho.
ele gozou dentro.
foi embora feliz e satisfeito.

quatro meses depois a ginecologista Dra.Cláudia anuncia que a menina espera um filho.
"impossível, eu não dou pra ninguém desde o carnaval de 2006 doutora!"
e foi o milagre do verão.




...

eu tenho pra mim que o meu delicioso mau humor do inicio do feriado alguma coisa tem a ver com a ausencia do meu porteiro gatão, que tirou folga durante os quatro dias.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

J.P, 22, universitário, morador do lugar pra onde vai o 433, militante.
comeu uma puta de copacabana no dia 10 de outubro de 2007.
encontrado morto ters dias depois, com o pau de 23 cm cortado em mãos.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Mesa completa
casais, eu você e o silencio
sorrisos
trocas de telefone, de impressões, olhares
não, não é bem assim
vou começar de novo
não teve troca nenhuma
eu sorri
você sorriu do outro lado
nada teve um com o outro
eu estava lá
a cidade estava lá fora
e eu falava sobre caetano gila analfabetagamabeto
e você respondia
beijo é muito bom
mais que mil
é mais que bom
respostas imediatas
tipo
feed back perfeito
mas aí
entra a seguinte questão
she take the looks, i take the books.
one way or another
enfim

cara ou coroa.
e é essa a questão
não teve o menor sentido, mas eu quis terminar assim, pois eu também não sei explicar.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

É tudo igual, só muda de endereço...

Mudei o endereço do blogue. Agora me encontro muito mais no endereço http://myspace.com/janacastroalves
Motivo:
Bandini reaparece, marcando milhões de pontos na minha vida, trazendo como um cachorro vadio toda a carencia que existe, e eu engulo tudo como um enorme pedaço de torta de limão.Azeda, doce, delícia.
Eu que havia postado aqui várias, inúmeras declarações da minha paixonite adolescente, não poderia deixar que esse arquivo fosse revivido. Afinal, quero mostra-lher que cresci, que leio Foucault e Berman, gozo Adorno e McLuhan.
Pura encenação.
Continuo a mesma. Quinze anos, vidrada na frente do computador, degustando poesia & mágoa, fúria e desanimo temperadas ao gosto da vodka.
Velho safado.
Nas veias de Bandini correm a acidez e o mau-humor que eu amo. Degusto.
Problemas pequenos? Problemas do mundo.
Juventude perdida. Sexo, drogas, roquenrol. Literatura.
O lance é que o endereço antigo era bandinibandini.blogspot, numa referencia clara ao meu querido idolatrado salve salve Fante. Mas Arturo Bandini não é só o personagem de "Pergute ao Pó," por mais que eu queira ser Camila Lopez ( a do livro, não a personagem do filme da Clarah Averbuck, please) não sou.
E sei disso.
Num ato falho desmachei o blogue antigo, salvei alguns posts e abri esse novo.
idiotice, eu sei, mas Bandini não pode ver minha fraqueza.

Aqui eu colo o ultimo post que fiz sobre ele, que é o ultimo post do ultimo endereço. Talvez, se alguem ler, entenderá o que estou querendo dizer:

Segunda-feira, 1 de Outubro de 2007
Eu queria entender por que eu não consigo apagar de vez sua imagem.
suas letras.
voce não está morto.
você vive em veias virtuais tão próximas de mim hoje como quando éramos conterraneos na roça.
você em lugar novo publica hoje o que eu já li há anos,
e ainda assim não perde o encanto.
você, com pretensão de menos de ser poeta,
me deixa ainda inquieta na frente desse computador.
(a boa escrita é mais sexy que pulp fiction + coquetel de olcadil, meu caro)
não adianta - don´t try


os dentes cinzase a voz meio rouca
idéias desconexas
o ar cosmopolita
tudo
tudo isso
num pacote bebado
acompanhado de mulheres belas, loucas, estrábicas e não-virgens.
isso tudo ainda me persegue.
Você era vanguarda
E eu aspirante a cosmopolita
você cheirava morte aos 24
aos 25
hoje deve estar pelos cantos comendo terra e cagando letras tortas.
eu queria te mandar um email.hoje.
falando que eu cresci, aprendi a rebolar, a escrever, sei fazer boquete e estou cercada da elite intelectual desse país.
você quereria me comer?
seu dente cinza não mastigaria nada disso.
histeria e nostalgia e vontade de ver crescer
eu casaria com voce aos 15
e hoje foderia contigo até que você,
vermelho
suado e com os óculos embaçados,
pedisse pra nunca mais.
mas infelizmente eu acredito que
pela ordem natural das coisas,
você é um coroinha
broxa
velho
e louco



-email escrito. e respondido.
blog novo.
todo mundo feliz.

as letras de Bandini