quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Memórias de Ritalina

Memórias de Ritalina
existem para me lembrar que sou capaz
desisti de alguns sonhos, por preguiça
de outros, por puro desleixo de viver.
um copo de cerveja velho faz meu apartamento todo feder
eu busco outra xícara de café
vivendo à noite sozinha,porque não às 3 da matina não há barulho de transito

[eu tive um amigo, que eu quis junto de mim. um dia ele me cuspiu e eu o vomitei]

escrevendo nas paredes como se eu jamais precisasse pintá-las de branco
tentando respirar sem ajuda de aparelhos, tenho vivido como um peixe
(mas nesse caso,salmão,cortado em finas fatias pela mão do sushiman cearense)
existiu um dia em que eu chorei,mas esse dia eu esqueci pra sempre
talvez eu precisasse mesmo de uma agulhada na veia

[há quatro anos atrás eu vivia tudo isso,mas eu não sabia o que era]

eu pretendo sair desse estado de inercia,
mas ainda há muito tempo antes de eu virar uma pessoa juridica
um dia a Ancine vai me dar uma esmola
e eu vou fazer a minha arte sem valor comercial
talvez eu queira isso
talvez não
eu preciso urgentemente tomar um plazil
antes de entrar ou passar próximo aos prédios públicos
burocratas que me perdoem
mas eu desisti do Itamaraty

um rio de sangue e um milhão de punhetas para vida.
vou acordar toda a vizinhança
para anunciar meu novo projeto:
um sorriso que dói
uma escarrada que mente
(MINHA SAÚDE CONTINUA PERFEITA)

2 comentários:

spooky buk disse...

porra, xaninna
vc cresceu:)

Erick Macau disse...

Perfeito!!!!!!!
o ápice dos seus poemas q eu li até hoje!
parabens!!!!
dá até pra sentir o fedor do apartamento daqui!
abraços libertários