quinta-feira, 15 de abril de 2010

Todos os dias eu invoco Dionisio
mas as vezes nao ha celebração que o faça aparecer
todos os dias um ritual
arte
arte nenhuma

sinto demais
-sinto muito
sinto que nem sempre eu

cansei de pouco pavio
explosões gratuitas
grandes beijos de amor
grande raiva grande ciume
grande cena


morri aos poucos nesse mise-en-scéne
e agora sou cinzas
resto de bosta nehuma

enfim
nao quero mais brigar, gritar, espernear
eu nao sou a mulher de todos
eu nao sou a mulher de ninguem

2 comentários:

miras disse...

ninguem quebra uma alma indomavel

Erick Macau disse...

show!
amei esse teu texto!