domingo, 13 de dezembro de 2009

*aberto para cópia, remix e delete


. .\mANIFESTO

DELETE SE

..
>e, . . . .: .
dos cúbiculos-compartimentados, lan houses e periferia globais ..
a revolução moral dos princípios invisíveis saltam interfaces que perfuram lugares, são telas. . . .
>>diluem-se fronteiras pós-geográficas. transnacionais. :
o mundo de metal e concreto transa com não-objetos. noutras plataformas, intangíveis, .: . .
criam projetos, idéias, serviços, artes e softwares \motores sociais
a estética da sociedade da informação se estampa na paisagem. natureza já enraizada.
pós-industrial. pós-midiademassa. faz um desenho infoestético de geometria três dê.
tocamos a informação. tocamos de longe em imagens do cenário.
imagem reais. imagens internas. fascínio. fissura. "viver sem fronteiras".
>a crise dos mediadores, os suportes, chora e se reinventa. novos sistemas. caóticos ainda.
natureza metálica de essemble. natureza das formigas. dos cálculos naturais. sequenciados. .:. . . .
traz a tona o individuo semi-deus do upload, da inteligência coletiva viva em rede, . ..
das identidades fragmentárias.
.a revolução acontece cúmplice das mudas teclas. datilo-mudanças.
os botões dizem sim ou não. . . . . :.
.as máquinas fazem zero ou hum. datilo-mu(n)danças.
>as TV's serão desligadas. trocadas, fundidas, convergidas. :
pequenas telas móveis, imensas quase-holográficas. ..
quadradas que cabem em retângulos ainda
?>irreal magia insurge como possibilidade real. ah deus é anarco, sim. fé no que?
no que cremos. ainda acreditamos em serviços grátis!!
a vida é dura mas tem mídia grátis. rá!!! ..
\\ALUGUEM SUAS TELAS!
elas já são indoors comerciais. invasivos. domésticos. e serão cyborgs. sujeitos!
\\ALUGUEM SUAS TELAS!
vive a crise sistêmica e ecológica, o homem metal-natural se perde e se encontra
a rede atua. a rede dirige.
o usuário deve receber para assistir. >é a troca pela invasão do monopólio na privacidade.
querem seus logs, seu rastro. !sua vida. ::
pois, querem suas imagens.
\\ALUGUEM SUA TELAS!
:peça o seu troco e muito obrigado.
não se contente com as migalhas. com imagens e palavras. .:
\\ALUGUEM SUAS TELAS! . . . . . :
atenção é o poder dos monopólios.
dispersão. pouca explicação.
o consumo da imagem é fugaz efêmero. hipnotiza. imagens dentro.
>o computador é o nó. a rede o rizoma.
na matriz. o arquivo duplicado. o mundo multiplicado. .: . :. . . .
:só se respira o fluxo. o processo.>
os amores são líquidos, escorrem pelos dedos. as relações também.
>o sujeito é o nó. a sociedade o rizoma. . . . . .
emerge a estética low-fi amadora. !dos amantes.
submergidos na estufa xingling de artefatos chineses. variados. koreanos.
.enforcaram sadan hussein. um celular filmou. a CNN NÃO!!
vivemos o descentro. os estado persistem. as megacorporações mais.
as fronteiras se testam.
>>some a cultura de massa.
>sobe a cultura-em-massa. viral.
privada social . . . :. . . . . .:
:abaixo a cultura superior e elitizada. !cultura é pan.
não é spam! spiced ham.
email são mídias. mídias são intervenções. revoluções.
cinco anos faz algo revolucionário um reacionário
-o google quer a sua vida. algorítmo. mapeado. . . . . . :
a microsoft quer você escravizado. produto casado. salta a sua janela. quadrado.
.a tecnologia é fetiche. fascínio. windows.
a tecnologia como suporte. aponta declínios. muitos. : : :
explodam os backbones. se apropriem.
criem nuvens de internet. cidades digitais.
livres!!
\LUTEM!! LUTEM !! pela liberdade dos códigos.
#e pelo saque das infos. apropriações.
conteúdos, palavras, sons, vídeos e softwares.
cultura sem lei, cultura sem dono.
>crise da tela pra frente. crise da tela pra trás.
essas interfaces. quadradas. estão no meio.
a mídia nunca pede desculpa. : . . . .
está sempre de cara lavada no boa noite do jornal e nos beijos das novelas
\SAQUEIEM!! DESMANCHEM!!
os geógrafos serão os filósofos do nosso tempo. : . . : . . ..
os programadores os construtores tecno-visionários. sabem premonições.
um sopro das tradições dos hackers
!!desapropriem o reino dos materiais intangíveis. compartilhe. roube e usufrua.
as bulinações são dos crackers
:proliferam-se as comunidades fugazes
mesmas pessoas diferentes lugares. mesmas pessoas diferentes avatares.
>>são sopros. são rodas. são terreiros. . . . .
o usuário é um medium. !o pai-de-santo
>desce os orixás nas poesia das máquinas, dos batuques. das rodas.
orquestram as danças e mandingas do terreiro virtual.
;acedam suas velas. liguam-se as telas. . : . .
o ritual é uma nau. no oceano sem dono.
>o usuário é um médium. uma mídia.
>>ser a mídia.
dos profundos eus em superfície. . . .. . .. . .. .. .. .
usem os mediadores e depois não agradeça.
servidores não são de graça. querem algo valioso.
>>você. desista.
DELETE SE : ::
os terreiros se calam e as discussões estão mortas ou viciadas.
>sem as perguntas essenciais, as trocas e as falas. .
DELETE SE : : : : :
preferir subir o pomar de frutas. e banhar nos verdes mares revoltos.
DELETE SE : : : : : : :
?tiver outros eus. anônimos. falseados. perfis simulacros. .. .
DELETE SE : : : : : : : : : : :
>!for de uma diluição do local global. entrefronteira espacial subjetiva.
DELETE SE
.:na vida digital morreu o real. e no virtual nasceu
um pirata. . .

a revolução não será televisionada
mas (as)saltará em interfaces gráficas . .. . . . . .
o movimento da massa é a desorg. apolitica não combinada.
a revolução moral dos princípios invisíveis globalizados.
somos todos piratas. saqueadores.
micropolítica é no ato.
uma obra em construção.

DELETE SE : : : : : : : : : :
a morte for uma honra. estilo oriental.
e se na vida real não for em vão banal.
DELETE SE
for um mendigo altaneiro, cigano transeunte . .. . .. . . . . . .. . . .
um flaneur virtual

SALVAR COMO : : : : : : : : : :

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recebi por email, difundindo.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Canção

O peso do mundo
é o amor.
Sob o fardo
da solidão,
sob o fardo
da insatisfação


o peso
o peso que carregamos
é o amor.


Quem poderia negá-lo?
Em sonhos
nos toca
o corpo,
em pensamentos
constrói
um milagre,
na imaginação
aflige-se
até tornar-se
humano -


sai para fora do coração
ardendo de pureza -


pois o fardo da vida
é o amor,


mas nós carregamos o peso
cansados
e assim temos que descansar
nos braços do amor
finalmente
temos que descansar nos braços
do amor.


Nenhum descanso
sem amor,
nenhum sono
sem sonhos
de amor -
quer esteja eu louco ou frio,
obcecado por anjos
ou por máquinas,
o último desejo
é o amor
- não pode ser amargo
não pode ser negado
não pode ser contigo
quando negado:


o peso é demasiado
- deve dar-se
sem nada de volta
assim como o pensamento
é dado
na solidão
em toda a excelência
do seu excesso.


Os corpos quentes
brilham juntos
na escuridão,
a mão se move
para o centro
da carne,
a pele treme
na felicidade
e a alma sobe
feliz até o olho -


sim, sim,
é isso que
eu queria,
eu sempre quis,
eu sempre quis
voltar
ao corpo
em que nasci.


Allen Ginsberg