NOTURNO
Teus olhos não ficam bem senão em mim
Que desato o bouquet de tua angústia
Neste tempo de espera.
Sofres um solidão recortada
Na tarde de tuas pálpebras
Absorto no retorno das nuvens
Magoadas de outros climas.
Só eu sei, silêncio de jade,
Flor da manha, Deus triste,
O que te consola do vento.
Só eu sei que não sabes
Eximir-te do enfado,
Da noite, das bocas.
Roberto Piva
domingo, 12 de abril de 2009
sexta-feira, 10 de abril de 2009
sentada no analista, ela descrevia os acontecimentos marcantes dos seus relacionamentos passados.
em todos, todos, absolutamente todos havia um momento em que ela surtara.
pontapés em portas de banheiro, trocentos emails seguidos, declarações de amor alcoolizadas ao telefone, lágrimas de crocodilo que secam meia hora depois.
o analista chegou a conclusão que aquela solteirona de 60 anos deveria te-lo procurado aos 21.
ponto.
parágrafo.
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